quinta-feira, 15 de maio de 2008

Paulo Ferrão - Engº Mecânico - Da Damaia a S. Apolónia

Caro Paulo,

Começando pelo início, também sou um apaixonado pela bicicleta e sempre a usei para actividades de lazer até ao final de 2004. Em finais de 2001 vim trabalhar para Lisboa e já na altura pensava como haveria de fazer para ir de bicicleta de casa (Catujal, perto de Sacavém) para o trabalho (na CP em Santa Apolónia) aproveitando o percurso à beira Tejo.

Apesar do trajecto ser plano os cerca de 16km em cada sentido feitos a bom ritmo fazem suar e a minha preocupação era a logística necessária, encontrar um balneário para um duche rápido, onde deixar a bicla e também alguma falta de coragem...Até que um belo dia de outono de 2004 (motivado por um colega de trabalho) decidi a fazer as primeiras "viagens". Na verdade os aspectos logísticos não eram o verdadeiro problema, a entrada do escritório tem um segurança 24/7 e para os duches recorro aos balneários dos manobradores da CP/REFER. E assim começou a tornar-se uma rotina quase diária, 3-4 dias por semana.

Desde Novembro 2006 a rotina recomeçou após um ano de ausência no estrangeiro e mudou, mas apenas no trajecto. Agora moro na Damaia, junto à estação, mas o destino continua a ser o mesmo e passou a ser mais agradável. Para além do percurso regular e mais directo a atravessar Lisboa, por vezes alterno, quando consigo sair da cama mais cedo, com uma passagem por Monsanto via Belém ou então Algés e sigo pela beira Tejo. A frequência também subiu para os 4-5 dias. Actualmente o meu objectivo seria usar a bicicleta em todas as deslocações (apesar de usar os transportes públicos, tenho carro mas faço muito pouco uso dele, essencialmente para as compras) de forma mais convencional sem ter de carregar com uma muda de roupa e estar
dependente da existência de balneários no destino. Mas por outro lado agrada-me fazer alguns quilómetros e até já pensei ir morar para Oeiras :) .

Não me alongado mais apenas queria acrescentar alguns aspectos já partilhados por outros ciclistas:- é indiscutível o bem estar físico e acima de tudo mental que esta rotina proporciona;- da minha experiência andar na estrada com automóveis não é perigoso, há que estar atento como qualquer outro condutor e os automobilistas até são na maioria simpáticos (com algumas excepções). Espero ter a oprotunidade de nos cruzarmos por Lisboa para nos conhecermos. Cumprimentos e boas pedaladas,

Paulo Ferrão

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