quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Loic Lhopitallier - Estudante de Medicina - Dos Anjos à Cidade Universitária

Olá Paulo,
Então é assim: chamo-me Loic Lhopitallier, sou francês, tenho 24 anos e moro em Portugal há cerca de dois anos. Antes disso vivi a minha vida toda no Reino Unido, em Londres e Edimburgo. Agora estou emLisboa e estudo medicina na Faculdade de Medicina. Quando tirei o meu primeiro curso (em Edimburgo) deslocava-me sempre de bicicleta. Lá os problemas eram principalemente o declive (erá mais ou menos como emLisboa) e o frio. Mas em relação ao transito e as roubos de bicicleta não havia problemas nenhums. Desloquei-me de bicicleta também em Londres durante muitos anos. E ali o problema principal é o transito e os roubos de bicicleta. Para o roubos resolvi comprar um candeado muito forte e um seguro para a bicicleta (Uso uma Specialized Allez2004), para o transito convêm ser vigilante e usar um filtro para a poluição.Quando mudei-me para Lisboa fiquei muito triste por não ver ninguem andar de bicicleta e pensei que os conductores eram malucos. Arrisquei-me umas vezes na marginal (na altura trabalhava em Oeiras e vivia no Bairro Alto) mas não gostei da experiência. Deixei de andar de bicicleta. No verão aproveitei para ir até o Festival das Musicas do Mundo em Sines de bicicleta com uns amigos. Lá redescobri o prazer de andar de bicicleta e comecei a pensar em o fazer em Lisboa. Mas tinha medo do transito. Depois de reparar em mais e mais gente a deslocar-se de bicicleta, de ficar frustrado com o metro, de perder a forma fisica e de descobrir o seu blogue resolvi voltar a ir para a faculdade de bicicleta. Foi a melhor decisão do ano. Redescobri o sentimento de liberdade que traz a bicicleta, quando de manhã vemos toda a gente frustrada no transito e que nós temos o vento e o sol na nossa cara. Agora vou do bairro das colonias (nos Anjos) até a Alameda (por uma paralela a Alm. Reis), depois vou pela Av. de Roma a Av. do Brasil à Alameda da Universidade até chegar ao Hospital Santa Maria. Volto pela Av. 5 de Outubro e Picoas.
As vantagens de usar a bicicleta em Lisboa são muitas: tá quase sempre bom tempo, os transporte publicos são fracos e há sempre imenso transito. As desvantagens são o transito, a falta de civismo dos condutores e os trilhos do eléctricos. Os declives não são um problema para quem tiver minimamente em forma. E também parece-me que aqui não há muitos roubos. Mas estou provavelmente enganado. Espero que respondi as tuas perguntas. Abraço

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

João Felizardo - Gestor Financeiro - de Cascais ao Saldanha

Olá Paulo, o meu nome é João e curiosamente encontrei o teu blog, já que também eu vou diariamente de bicicleta para lisboa.
Moro em Cascais, apanho o comboio todas as manhãs (tenho uma Dahon igual à tua), por isso desmonto-a nas horas de ponta. Saio em Alcantara-mar e apanho o comboio para Entrecampos e depois sigo de bicicleta para o Saldanha, outras vezes saio no Cais do Sodré e sigo daí até ao Saldanha. Na volta vou sempre do saldanha até ao Cais do Sodré. Importa dizer que o faço todos os dias de fato, pois a minha profissão o exige (Para enquadrar um pouco mais: Tenho 31 anos, sou casado e sou gestor financeiro numa empresa de telemarketing). Bem, como penso que entro um pouco na tua área de estudo, e sou um verdadeiro adepto do desporto, ecologia e passeio, deslocar-me de bicicleta tem sido uma aposta ganha, não só no tempo médio das minhas deslocações, na minha saúde, e na minha algibeira (poupança no passe do metro e no ginásio!).

Força aí ...

José Pires - Engº Físico - Telheiras, Lumiar e Campo Grande

Nome: José Miguel Correia Pires

Habilitações: Eng. Físico

Ocupação actual: Membro da Comissão Regional de Portugal da Prelatura do Opus Dei (http://en.romana.org/; http://opusdei.pt/)

No início dos anos 90 vim viver para Lisboa. Vivia na Alameda das Linhas de Torres, junto ao antigo estádio do Sporting, e estudava no IST. Na altura ainda não havia Metro no Campo Grande, não tinha carro e os autocarros não tinham horários fiáveis, de modo que decidi trazer uma bicicleta e ir até ao Técnico pedalando. Não sei exactamente em que altura trouxe a bicicleta, mas o mais tardar deverá ter sido no início de 1992. Na altura descia o Campo Grande até à Av. do Brasil, subia até à Av. de Roma e depois ia, ou pela Av. de Roma ou por ruas paralelas, até à Praça de Londres. Por fim, subia até ao Técnico. O percurso inverso era muito semelhante. Fiz isto durante pelo menos 2 anos. Entretanto em Outubro de 1994 fui para Braga e a bicicleta acompanhou-me. Aí fazia o percurso entre o centro da cidade, onde vivia, e a Universidade do Minho, onde trabalhava. Não demorava mais de 15 minutos, o percurso era bom e tinha um sítio onde deixar a bicicleta em segurança, pelo que ganhei o gosto de pedalar pela cidade. Em Outubro de 2002 voltei novamente a Lisboa. Como agora trabalho em casa não necessito muitas vezes da bicicleta, mas sempre que posso saio com ela. Alguns dos percursos que faço habitualmente são desde o Paço do Lumiar, onde vivo, até: ao Metro (Telheiras ou Lumiar); até ao supermercado fazer alguma compra rápida; até ao Estádio Universitário para os treinos de futebol; etc. Embora o facto de não existirem vias para bicicleta na cidade seja uma dificuldade, para mim não é um problema relevante. Habitualmente aquilo que me faz hesitar levar a bicicleta é não ter um sítio onde a posso deixar sabendo que quando regressar ainda estará operacional. Não é fácil encontrar locais, na cidade, onde deixar a bicicleta em segurança... Uma das coisas que me faria usar mais vezes abicicleta em Lisboa seria dispor de locais onde a pudesse deixar.