terça-feira, 15 de abril de 2008

Fernando D. - PSP - Da Moita à Praça de Espanha

Olá Paulo

Venho dar-lhe o meu testemunho como utilizador de bicicleta, sendo eu adepto de B.T.T., há muito tempo que ando de bicicleta , mas era só ao fim-de-semana e a regularidade nem sempre era a mais desejada. Pelo que quando ía andar, a forma física não era muita, o que tornava os meus passeios de B.T.T., um misto de sacrifício e prazer.

Só que em 2006 surgiu uma oportunidade, como sabe sou Agente da P.S.P., e prestava serviço na esquadra da Praça do Comércio, onde iniciei um novo projecto, de efectuar o patrulhamento da zona da Baixa-Chiado em bicicleta. O que foi um passo importante para desmistificar a ideia de que policia de bicicleta só nas praias, trazendo este meio de patrulha para o centro da cidade.

E assim passei dois belos Verões (só andávamos de verão, por falta de equipamento de inverno ), a trabalhar de bicicleta pela bela cidade de Lisboa, pela zona da Baixa-Chiado, Av. da Liberdade e Castelo de São Jorge. SIM, íamos ao castelo de bicicleta, a vista valia o esforço.

Só que em Outubro de 2007, mudei-me para a Policia Municipal de Lisboa e comecei a patrulhar de Segway, que é um bicho engraçado, mas prefiro a bicicleta. Por isso espero que a Policia Municipal um dia também aposte na bicicleta como meio de patrulha da nossa cidade.

Como deixaram de me pagar para andar de bicicleta todos os dias, tive de pensar numa solução. Por isso, desde Fevereiro tenho vindo de bicicleta para o trabalho. O percurso que faço é quase todo feito em estrada, venho desde a minha casa na Moita até à estação ferroviária de Coina.

O percurso é de 14 Km, que percorro em 30 minutos (de carro demorava 20 minutos), a uma velocidade média de 24 Km/h. Em Lisboa vou de Sete-Rios à Praça de Espanha, que são 2 minutos.

Foi uma bela decisão, porque melhoro a minha forma física e também a minha disposição, esta melhora quando vou de bicicleta. E os meus passeios de B.T.T. já é só prazer.

Mais uma vez Paulo, gostava de lhe dar os parabéns pelo projecto, e que existam mais iniciativas destas em prol do uso da bicicleta como meio de transporte citadino.

Os meus cumprimentos

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Hugo van Zeller - Gestor - De Carcavelos ao Saldanha

Caro Paulo,

Devo dizer que adoptei este novo meio de transporte a full-time há alguns meses, e foi de longe a melhor opção que tomei nos últimos anos.Os que me chamavam de louco no princípio estão agora a pensar 2 vezes nas vantagens deste novo formato, ou até diria de estilo de vida...Vantagens? Poupança na carteira e nos nervos; poupança do ambiente; ginásio gratuito todos os dias, facilidade de mobilidade, etc... Se calhar acima de tudo o divertimento - a prova disso são as histórias engraçadas que vou coleccionando diariamente.

Comecei com o meu colega João Felizardo, também presente nestes comentários, quando decidimos procurar uma alternativa ao carro e aos transportes públicos. Quase todos os dias vamos de bicicleta, e de fato, por essa cidade fora e não há um dia que não tenhamos um ataque de riso com toda esta história. Como vimos da linha de Cascais aderimos às bicicletas desdobráveis (Dahon) para podermos pô-las no comboio. Chegando a Lisboa é só pedalar - chegando à empresa estamos com um sorriso estampado na cara. (Já agora sou gestor comercial de uma empresa de Marketing, tenho 38 anos, sou solteiro e moro em Carcavelos).

Por curiosidade, conheci-te nas ruas de Lisboa, na zona do Saldanha onde trabalho, onde nos cruzámos de bicicleta como não podia deixar de ser... descemos a Fonte Pereira de Melo até ao Marquês de Pombal onde ficámos à conversa e me contaste o teu projecto que desde início achei interessantíssimo. Há que implementar este meio de transporte útil, não poluente e divertido - seja para lazer, para trabalhar ou para desporto, ou ainda para recebermos os nossos visitantes estrangeiros, tão habituados a este veículo.

Por minha parte gostaria de deixar um apelo: Meus amigos, às vezes temos que sair da nossa zona de conforto e arriscar. Os resultados podem ser surpreendentes como foi o meu caso, e acreditem que a vida muda, para melhor. Esta cidade, como tantas outras, precisa de alternativas ao trânsito, às filas, ao engarrafamento, ao stress. Não há espaço para andar nos passeios cheios de carros estacionados. Além disso fala-se tanto em encontrar soluções para o nosso planeta e para o buraco do ozono... querem melhor maneira do que esta? Pode ser um excelente princípio. Vá não custa nada...

Abraço, Hugo van Zeller