sábado, 8 de março de 2008

Paulo Leitão - Engº Quimico - De Algés ao Saldanha

Tenho 46 anos, sou casado, tenho três filhas, vivo em Algés e trabalho junto ao Saldanha.

Até ao ano passado contavam-se pelos dedos de uma mão as vezes que tinha usado a bicicleta como meio de deslocação para o trabalho, mas no Verão (a convalescer de uma operação a uma clavícula partida, resultado de uma queda de bicicleta em Monsanto) concluí que não ia conseguir cumprir os quilómetros que tinha estabelecido fazer de bicicleta em 2007.
Houve que repensar e redefinir objectivos. Se até então passavam apenas por melhorar a minha forma física e mental, participar numa ou noutra prova de BTT e no Tróia-Sagres em Dezembro (além das voltas domingueiras com os amigos), nessa altura decidi que, já que ia fazer menos quilómetros, ao menos que fossem bem aproveitados.

Não demorou muito a descobrir que uma boa maneira de recuperar os quilómetros perdidos e ainda contribuir positivamente para o ambiente seria vir de bicicleta para o trabalho alguns dias.
Quantos dias? Bom... na maior parte das vezes, por um motivo ou outro, teria que trazer carro, até porque não venho sozinho para Lisboa, mas sempre se arranjariam uns quantos dias em que seria possível vir de bicicleta.
Já que ia poupar nas emissões de CO2, então que tal evitar emitir a quantidade de CO2 equivalente ao meu peso (86 kg)?

Fiz umas contas e conclui que teria que fazer 17 deslocações de ida e volta para atingir esse valor. Lamento confessar que não consegui. Fiz só 15, mas entretanto perdi uns quilogramas, por isso quase que poupei as emissões equivalentes ao meu peso actual.

Parte do caminho é feito junto a Monsanto e se de manhã não há tempo para grandes invenções (até para não esforçar e não chegar suado) no final do dia há sempre possibilidade de fazer um desvio pelo parque, o que é muito agradável.
No interior da cidade tento evitar as vias de maior movimento e a pior zona que apanho é a Av. de Berna junto à Gulbenkian.

Foram raras as vezes que tive problemas com o trânsito, mas já uma vez ia sendo "colhido" por um carro que me ultrapassou e se desviou para uma rua à direita mesmo à minha frente. Usei o termo"colhido" no sentido taurino, porque é o adequado à quantidade de impropérios que gritei, nos quais se incluíam obviamente nomes de animais com cornos.

No local onde trabalho tem vindo a aumentar o número de pessoas que usa a bicicleta, embora em número ainda reduzido e preferencialmente com bom tempo.
Este ano ainda não tive possibilidade de vir de bicicleta, mas espero começar dentro em pouco, até porque se está a esgotar a minha lista de desculpas e o tempo está a melhorar.

Tenho como meta usar a bicicleta 25 dias em 2008. É pouco, mas é realista e é o contributo possível. Melhores dias virão.

Entretanto percebi que o facto de vir de bicicleta melhorava a minha disposição durante o dia e alarguei o âmbito de utilização, optando por este meio para algumas pequenas deslocações na área onde moro.

Cumprimentos ciclísticos e boa sorte para o projecto e para a tese.

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